terça-feira, 26 de abril de 2011

Protesto contra os elevados custos do policiamento e a discriminação do ciclismo

Está marcada para o próximo domingo (1 de Maio) uma marcha de protesto contra os elevados custos do policiamento e a discriminação do ciclismo no acesso aos apoios do Estado. A concentração está marcada para as 14h30 (Castelo do Queijo, Porto), esperando-se uma ampla mobilização de quem pratica, está ligado ou simplesmente gosta de ciclismo.
Recorde-se que (a par da discriminação do ciclismo no acesso aos apoios atribuídos às modalidades praticadas em recintos desportivos) o abrupto agravamento dos custos de policiamento em 2011 tem conduzido à suspensão de várias actividades de ciclismo amador.

Mandatada pelo movimento associativo nacional para tentar obter uma solução para o problema do policiamento das provas de ciclismo, a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) exorta à participação na “Marcha de protesto” de todos os que praticam, estão ligados ou simplesmente gostam da modalidade, independentemente da região de proveniência.
Ambicionando uma ampla mobilização nacional – a participação poderá ser de bicicleta, de carro ou mesmo a pé – a ACM lembra que o problema assume cada vez mais gravidade, com várias provas de ciclismo amador a serem suspensas devido ao abrupto agravamento dos custos de policiamento em 2011.
O agravamento começou a ser sentido no Prémio de Ciclismo Cidade de Fafe (prova de abertura de cadetes) em que as autoridades policiais reclamaram o pagamento de 1468,59 euros, para uma prova destinada a jovens de 15 e 16 anos, com um percurso de 70 quilómetros em tudo idêntico ao do ano passado em que apenas foram pagos 514,43 euros de policiamento.
O empolamento dos valores do policiamento tem sido uma realidade noutras actividades de ciclismo amador para as camadas jovens, sendo os organizadores confrontados com a inevitabilidade de suspenderem ou adiarem as provas desportivas.
Considerando “absolutamente insustentável o abrupto agravamento dos custos de policiamento em 2011” e a “injusta discriminação do ciclismo no acesso aos apoios do Estado (prestado às modalidades praticadas em recintos desportivos por via dos resultados da exploração dos jogos sociais)”, a ACM considera que “não resolver este grave problema é ultrajar todos aqueles que, diariamente e em regime de voluntariado, se sacrificam para promover a prática desportiva e a ocupação dos tempos livres dos jovens”.
Por ser praticado na via pública e não em “recintos desportivos”, o ciclismo amador não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento, medida de apoio prevista na legislação e atribuída às modalidades disputadas em “espaços criados exclusivamente para a prática do desporto”. Enquanto as modalidades praticadas em “recintos desportivos” beneficiam da ajuda do Estado, os organizadores de provas de ciclismo amador são obrigados a assumir as avultadas verbas cobradas pelo policiamento.

A REIVINDICAÇÃO


A legislação em vigor prevê a participação do Estado nos encargos com o policiamento de actividades desportivas realizadas no interior dos recintos desportivos, entendidos como “espaço criado exclusivamente para a prática do desporto, com carácter fixo e com estruturas de construção que lhe garantam essa afectação e funcionalidade, dotado de lugares permanentes e reservados a assistentes, sob controlo de entrada”. Essa participação nos encargos é feita através dos resultados da exploração dos jogos sociais.
Além de não existirem alternativas viáveis à realização de provas de ciclismo de estrada fora da via pública, o policiamento destas actividades é imprescindível, tanto por questões de segurança dos praticantes, como por questões de ordenação da circulação.
A requisição policial por parte dos organizadores de provas de ciclismo não é voluntária, ao contrário dos desportos praticados em “recintos desportivos” em que “a requisição da força policial é efectuada, sempre que considerada necessária, pelos organizadores dos espectáculos desportivos”.
Acresce que o policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública apenas pode ser assegurada por entidades Estatais (GNR e PSP) - estando assim vedada a possibilidade de recurso a serviços de entidades privadas – e que o valor cobrado pela prestação do serviço de policiamento varia em função do critério de cada destacamento, nomeadamente quanto ao número de agentes, patente e meios a afectar;
Por discriminar o ciclismo e considerando as suas especificidades, é reivindicada uma alteração ao Decreto-Lei nº 238/92 que contemple o seguinte:

• Inclusão da modalidade ciclismo no regime de policiamento dos espectáculos desportivos e da comparticipação do Estado;
• Implementação de um regime específico para o ciclismo (atento o facto de, para além de outras especificidades, nas suas provas o policiamento não ser facultativo mas sim obrigatório) de financiamento integral do policiamento de actividades desportivas federadas que envolvam as selecções nacionais ou realizadas no quadro dos campeonatos nacionais e regionais de escalões etários inferiores ao do escalão sénior;
• Uniformização dos critérios da prestação dos serviços de policiamento pela PSP e pela GNR, no que concerne ao destacamento e à fixação do preço;

ENTIDADES RECONHECEM RAZÃO AO CICLISMO


Desde a década de 90 que a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) reivindica a alteração do Decreto-Lei nº 238/92 por este discriminar o ciclismo no regime de comparticipação do Estado.
Do resultado das várias diligências, destacam-se as seguintes:
Na sequência de uma queixa da ACM, apresentada em 13 de Junho de 2002, o Provedor de Justiça recomendou ao Governo, em 2004, a alteração da legislação do policiamento de actividades desportivas, de forma a incluir o ciclismo no regime vigente do policiamento e da comparticipação do Estado nos encargos, através da recomendação R-2119/02.
O próprio Instituto do Desporto de Portugal (IDP) - no âmbito das diligências da ACM - reconheceu a existência de um vazio legal que impede o ciclismo de aceder à compartição do Estado com os custos do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública (parecer nº 196/GJA/2009).
No dia 14 de Maio de 2003 a Direcção da Associação de Ciclismo do Minho foi recebida em audiência por todos os Grupos Parlamentares e pelo então Secretário de Estado da Juventude e dos Desportos, tendo nas referidas reuniões sido considerado, unanimemente, “justa e legítima a reivindicação da Associação de Ciclismo do Minho”, concordando todos na necessidade de resolver o problema”.
Nessa altura, o agora Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, recebeu a Direcção da ACM em representação do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, tendo afirmado: "Não chega estar sensível, é preciso fazer alguma coisa. É uma questão com mérito e vamos chamar aqui os responsáveis governamentais".
Em Abril de 2009, o Grupo Parlamentar do CDS - Partido Popular apresentou na Assembleia da República um Projecto de Resolução para solucionar o problema mas a iniciativa parlamentar acabou por caducar.
Vários deputados, nomeadamente do PS, PCP e do BE, formularam perguntas ao Governo sobre o problema do policiamento das provas de ciclismo, manifestando o seu apoio à reivindicação.
Em Maio de 2010, o Ministério da Administração Interna (MAI), em resposta a um requerimento apresentado por deputados do CDS-PP, considerou "pertinente" a questão do policiamento de actividades desportivas realizadas na via pública e anunciou encontrar-se “em estudo um projecto de regulamentação que pretende dar resposta a tal questão".
Em Novembro de 2010, o deputado Agostinho Lopes interpelou o Ministro da Administração interna numa audição parlamentar no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2011, tendo o Ministro Rui Pereira reafirmado estar "a ser revisto o regime de segurança no desporto num trabalho conjunto do Ministério da Administração Interna e da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto".
Em audiência concedida no dia 5 de Abril de 2011, o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Conde Rodrigues, informou a Direcção da ACM que o projecto de regulamentação elaborado pelo Ministério da Administração Interna para resolver o problema em definitivo “foi inviabilizado pelo Secretário de Estado da Juventude e dos Desportos", Laurentino Dias, que – segundo o Governante - o considerou “inoportuno, desadequado e que poderia vir a suscitar problemas com outras modalidades, nomeadamente o futebol que provavelmente reclamaria a seguir mais verbas”.
De igual modo, o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna anunciou ter sido elaborada uma Portaria que revê o regime de pagamento dos serviços remunerados do policiamento que traduzirá uma redução de 15% dos custos. A Portaria, segundo informou o Governante, acolheu a aprovação do Ministério das Finanças estando apenas dependente da aprovação pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
Apesar das várias tentativas, a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto não tem respondido aos sucessivos pedidos de audiência.

A nossa equipa de Dh...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ecopista da Linha do Tâmega

A convite de Armindo Abreu, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, inaugura, a 30 de Abril, sábado, a Ecopista da Linha do Tâmega, construída no antigo canal ferroviário, entre as estações de Amarante e da Chapa. Definida como “via de comunicação para o lazer, desporto, actividades recreativas, culturais, de protecção e conhecimento do meio ambiente”, a sua “utilização concretiza-se na prática de passeios pedonais, cicloturísticos, em cadeiras de rodas, em patins e similares”, lê-se no regulamento, que explicita as regras de circulação dos utentes daquela via, sejam peões ou ciclistas.Aberta à utilização de todos, a Ecopista do Tâmega pode ter utilizações diferenciadas, mediante prévia autorização da Câmara Municipal, que decidirá sobre pedidos de realização de provas desportivas ou acções lúdicas compatíveis com os usos definidos para aquela infraestrutura.Com uma extensão de cerca de 10 quilómetros e uma largura constante de 3,50 metros, em todo o percurso da Ecopista foi preservada a vegetação existente, foram plantadas novas árvores e criadas bocas de rega a cada 50 metros.Em termos de mobiliário urbano, cuja instalação visou acrescentar maior conforto na sua utilização, bem como assegurar condições de higiene, limpeza e segurança, foram dispostos bancos e papeleiras ao longo da via, em pontos estratégicos e a intervalos convenientes; sobre os taludes abruptos, foram colocados guarda-corpos em madeira, com 1.10m de altura nas situações de possíveis quedas, bem como guarda-corpos metálicos em situações mais construídas, como nas pontes. Quanto a iluminação, foi instalada no troço compreendido entre as estações de Amarante e Gatão, com características mais urbanas, e passível de ser usado para jogging.

Mais um local a descobrir....

Reunião Btt Margaride

Dia 22 de Abril, na sede da Junta de Freguesia de Margaride...

Horario: Xc - 21 Horas; Dh- 22 Horas.

Btt Solidário - Regadas


Aqui bem perto de nós e as verbas obtidas serão para apoiar a construção de um lar de idosos...

sábado, 2 de abril de 2011

Guimarães inaugura primeiro Parque de Trial Bike do País

É inaugurado no próximo sábado, pelas 14h30, o Parque de Trial de Guimarães, um projecto desenvolvido pela Câmara Municipal de Guimarães, em colaboração com a Tempo Livre e a Associação de Ciclismo do Minho. Aquele que é o primeiro Parque de Trial Bike do País está localizado no Parque da Cidade Desportiva (junto à Pista de Atletismo Gémeos Castro) e integra, além das zonas de obstáculos, um circuito de iniciação ao BTT. No dia da inauguração será promovida uma exibição de Trial Bike e um Curso de Especialização de Comissários (árbitros) que terá como prelectores os Comissários Internacionais UCI Andres Fernandez e José Montoya.A criação do Parque de Trial Bike foi sugerida pela Associação de Ciclismo do Minho após a realização em Guimarães do primeiro Campeonato Nacional de Trial Bike, tendo a ideia sido favoravelmente acolhida pela autarquia e por um conjunto de entidades que também contribuíram para a sua concretização, nomeadamente a Bike Zone – Guimarães, Artecanter (Atães) e Serração de Madeiras Matos (São Torcato). O espaço agora criado tem a particularidade de recriar os obstáculos que fizeram parte do primeiro Campeonato Nacional de Trial Bike disputado no dia 19 de Setembro nas imediações do Castelo de Guimarães.O Parque de Trial Bike pressupõe a dinamização do Trial Bike em Guimarães através da criação de uma escolinha de formação e da realização de competições nacionais, entre outras actividades previstas, estando confirmada a realização em Junho de uma prova da Taça de Portugal.O Trial Bike é uma disciplina do ciclismo em que o factor principal é o equilíbrio e controlo da bicicleta em situações extremas.O objectivo da competição é passar com a bicicleta por um percurso difícil e com obstáculos sinalizados, situados dentro de “zonas controladas” (secções), sem se poder tocar no solo com nenhuma parte do corpo e da bicicleta (excepto com os pneus), e dentro de um tempo estabelecido.

DH de Barrosas